sábado, 2 de junho de 2012

Camada de ozônio - o que é - porque é importante à vida

O ozônio é uma molécula contendo três átomos de oxigênio. É de cor azul e tem um odor forte. O oxigênio normal que respiramos, tem dois átomos de oxigênio e é incolor e inodoro. O ozônio é muito mais raro do que o oxigênio normal. De cada 10 milhões de moléculas de ar, cerca de 2 milhões são de oxigênio normal, mas apenas 3 são de ozônio.


O ozônio é encontrado principalmente em duas regiões da atmosfera da Terra. A maior parte (cerca de 90%) reside em uma camada que começa entre 10 e 17 quilômetros acima da superfície da Terra e se estende até cerca de 50 quilômetros. Esta região da atmosfera é chamada de estratosfera. O ozônio nesta região é conhecida como a camada de ozônio. O ozônio restante está na região inferior da atmosfera, o que é normalmente chamado troposfera e é a região onde vivemos.



No entanto, mesmo essa quantidade pequena de ozônio desempenha um papel chave na atmosfera. A camada de ozônio absorve uma parte da radiação do sol, impedindo-a de atingir a superfície do planeta. Mais importante, ele absorve até 99% da luz ultravioleta chamada UV. UV tem sido associada a muitos efeitos nocivos, incluindo vários tipos de câncer de pele, catarata e danos a algumas formas de vida marinha.


A quantidade de ozônio estratosférico não é fixa. Em vez disso, é variável, aumenta de acordo com o aumento da intensidade da radiação UV. Portanto, a camada de ozônio é um escudo versátil e eficiente. Mas a camada de ozônio não bloqueia a radiação vital a vida, como por exemplo, o calor e a luz visível.

 

No entanto essa camada protetora tem sido ameaçada por elementos químicos produzidos pelo homem. Mais de 60 anos atrás os cientistas descobriram uma substância considerada milagrosa, os clorofluorcarbonos ( CFCs ). Com o tempo os CFCs foram usados nos mais variados produtos, não só em refrigeradores, como também em aerossóis, aparelhos de ar condicionado, produtos de limpeza e na fabricação de embalagens e de outros produtos de isopor. O problema é quando os CFCs vazam dos condicionadores de ar abandonados, dos copos de isopor amassado e assim por diante. Os CFCs são muito estáveis e não se dissolvem em chuva. Assim, não existem processos naturais que removem os CFCs da baixa atmosfera. Todos estes compostos têm tempo de vida na atmosfera suficiente para lhes permitir ser transportado lentamente por ventos para a estratosfera. Lá os CFCs são desintegrados ao serem expostos à radiação UV forte. Quando isso acontece, a molécula de CFC libera cloro atômico. Um átomo de cloro pode continuar na atmosfera por mais de um século e destruir cerca de 100.000 moléculas de ozônio. O resultado é a destruição do ozônio mais rápido do que é naturalmente criado.


Durante cinqüenta anos, a quantidade de CFCs presente na alta atmosfera teve um aumento constante até o ano 2000. Desde então, as concentrações de CFCs têm diminuído quase um por cento ao ano. Essa diminuição sugere que o buraco na camada de ozônio poderia fechar por volta da metade deste século.

                         
O ozônio é um gás que protege a vida na Terra, mas somente se ele estiver no lugar certo - na estratosfera. Na troposfera o ozônio é prejudicial à saúde. Os humanos produzem enormes quantidades de hidrocarbonetos, por exemplo, na queima de gasolina dos carros. A luz solar atua sobre tais hidrocarbonetos, produzindo o ozônio.


Mesmo concentrações muito baixas de ozônio podem ser prejudiciais para o trato respiratório superior e os pulmões. A gravidade da lesão depende tanto da concentração de ozônio e como da duração da exposição.

Não seria o caso então de mandar o ozônio lá pra cima? O problema é que o ozônio é muito instável e se desintegra bem antes de chegar à estratosfera. Já foram imaginados projetos incríveis para transportar o ozônio usando aviões e mísseis. Mas esses projetos seriam financeiramente inviáveis. Então a solução parece mesmo ser a de não destruir o ozônio lá em cima e não produzi-lo aqui em baixo.

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