sexta-feira, 2 de julho de 2010

A camuflagem da siba

Criaturas dos oceanos - Siba

Semelhante ao polvo, a siba é encontrada em águas do Mediterrâneo e do leste do Atlântico. Um grande espécime pode ter um corpo de até 60 centímetros de comprimento, seus oito braços se estendendo por outros 25 a 30 centímetros, e, adicionalmente, dois longos tentáculos podem estender-se muito além destes braços para pegar itens alimentícios. Para se locomover usa suas longas nadadeiras ao lado do seu corpo, junto com um funil, ou sifão, que lhe fornece a propulsão a jato.



A siba também possui um mecanismo parecido a um submarino para variar de flutuabilidade. Consegue fazer isso devido ao seu osso, o osso de siba. Por toda a extensão das suas costas há um osso. Trata-se de uma estrutura macia, gredosa, tendo até cem finas placas mantidas separadas por colunas, e em forma dum favo de muitas câmaras. É este osso que atua como tanque de flutuação da siba. À medida que a siba cresce e fica mais pesada, adicionam-se mais câmaras ao osso da siba, a fim de aumentar sua capacidade de flutuabilidade. Por um processo de osmose, a siba consegue bombear água para fora das cavidades de seu osso, ou deixar que a água entre. Desta forma, pode variar sua flutuabilidade a fim de subir ou baixar no oceano. Em princípio, as cavidades de seu osso de siba são semelhantes aos tanques de lastro dos submarinos. A siba geralmente permanece a uns 30 a 75 metros de profundidade, mas pode descer a 180 metros.




Outra característica notável da siba, é a incrível capacidade de mudar sua cor para se camuflar ao ambiente. Ela consegue fazer isso em poucos segundos. O segredo deles está nos cromatóforos, células da pele que contêm pigmentos. Os nervos causam contrações musculares que regulam o tamanho dessas células, fazendo com que os animais variem a cor da pele e criem padrões de cor que mudam.


O manto da siba se compõe de pele grossa e músculos que não só protegem seus órgãos vitais, mas também lhe fornecem a propulsão a jato. Quando os músculos no manto se descontraem, a água entra por meio duma fenda do pescoço e enche grandes cavidades internas. Daí, quando o manto se contrai, fecha-se a abertura e força-se a saída da água sob alta pressão por meio de uma passagem semelhante a um funil embaixo da cabeça. Por mudar a direção deste “injetor”, a siba consegue de modo instantâneo mover-se para frente ou para trás sem se virar.
Se ela se sentir ameaçada, os nervos da siba provocam espontânea geração de energia que a impulsiona à alta velocidade em questão de instantes. Estas fibras nervosas, que são cem vezes maiores que as do homem, são tão sensíveis que, quando a siba se vê ameaçada, um impulso nervoso parte simultaneamente para todas as partes do manto. Reagindo com tremenda força, os músculos se contraem, criando poderoso empuxo como o dum jato.





Os olhos da siba são surpreendentemente similares ao olhos humano. Ambos possuem pálpebras, córneas transparentes, camaras anterior e posterior, retinas, cristalinos, células em forma de bastonetes que permitem as imagens preto e branco e células em forma de cone que registram as impressões de cores. Os 100.000 receptores por milímetro quadrado no olho da siba fazem com que seja possível ver até os mínimos detalhes.

Web Statistics